quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A evolução da vida na Terra

História da Terra. Fonte: http://portfoliobiologico3-3.blogspot.com.br/

As origens da vida na Terra surgiram na atmosfera do jovem planeta, há cerca de 3,5 bilhões de anos. A matéria-prima principal para a origem da vida estava presente na Terra. O oxigênio estava presente na forma de água (H2O) e o sol, composto principalmente por Hidrogênio, emitia seus raios intermitantemente. Então, na presença de hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e carbono existentes, tendiam a combinar-se para formar água, amônia (NH3), metano (CH4) e outros gazes constituídos de carbono e hidrogênio. E estes foram os componentes da matéria-prima dos seres vivos. Mais de 95% dos tecidos constituintes dos tecidos de todos os seres vivos são compostos de combinações dos seguintes quatro elementos, existentes na atmosfera primitiva: hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio.

A fim de romper as moléculas dos gases simples da atmosfera e reorganizar as moléculas, havia a necessidade de energia, que era abundante na Terra jovem. Existia calor, vapor de água que emanava dos oceanos primitivos, esfriava na atmosfera, formava nuvens e retornava ao solo na forma de chuva. As tempestades eram carregadas de relâmpagos que forneciam energia elétrica. O sol emitia sob a Terra partículas de luz ultravioleta e os elementos radioativos presentes liberavam energia na atmosfera. Essas condições foram simuladas em laboratório, e os cientistas demonstraram que se produziram moléculas orgânicas, entre elas alguns aminoácidos, que são componentes da formação das proteínas. 

Não se sabe ao certo quando os primeiros seres vivos surgiram, porém os fósseis mais antigos de cerca de 3,5 bilhões de anos já são bastante complexos.

A seguir, indico um vídeo muito interessante exibido pelo programa Cosmos e apresentado na década de 1980 por Carl Sagan. Nesse episódio há uma animação que explica a evolução dos seres vivos na Terra. 



Também aconselho acessar o site Entendendo a Evolução para Professores, uma ferramenta muito rica e esclarecedora. Acesse! 

Fontes: 


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Vamos fazer um cariótipo?

Um cariótipo é um perfil organizado de cromossomos. Em um cariótipo, os cromossomos são organizados e numerados por tamanho, do maior para o menor. Esse arranjo ajuda os cientistas a identificar rapidamente alterações cromossômicas que podem resultar em uma doença genética.

Cariótipo. Imagem retirada de: http://www.tildee.com/Apy6tc


Para fazer um cariótipo, geralmente é definido a fase de metáfase mitótica das células. Pela morfologia (utilizando a posição dos centrômeros, os cientistas utilizam técnicas especiais de coloração, como bandeamento fluorescente) e número, então os cientistas fazem uma fotografia dos cromossomos e os organizam em uma sequência característica de cada organismo. Na espécie humana, as células diploides apresentam 44 cromossomos somáticos e dois sexuais, no sexo feminino dois sexuais XX e no sexo masculino um X e um Y, totalizando 46 cromossomos.

Indico um site muito interessante, onde é possível organizar um cariótipo humano. O site está em inglês, mas a interação é muito fácil!

Boa diversão!


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dica de passeio: Jardim Botânico de São Paulo


A construção do Jardim Botânico de São Paulo foi iniciada no ano de 1928 por Frederico Carlos Hoehne, um naturalista que se dedicou à criação de um horto botânico para estudo de plantas medicinais. 

O parque está localizado na zona Sul da cidade de São Paulo (Av. Miguel Stéfano, 3031 - Água Funda), é um local perfeito para um passeio no final de semana, uma viagem pelo mundo das plantas ou para um roteiro científico na área de botânica com os alunos.

O Jardim Botânico está vinculado com o Instituto de Botânica de São Paulo e tem por objetivos o desenvolvimento de pesquisas botânicas, estudos de flora, manutenção do Herbário, realização estágios, divulgação dos conhecimentos adquiridos à comunidade científica, professores, estudantes e público em geral.

Em novembro de 2012 o Jardim Botânico inaugurou a Estufa do Cerrado, caracteriza o bioma com elementos como um riacho, árvores, cupinzeiros e outras curiosidades.

Imagem da estufa. Fonte: http://www.ambiente.sp.gov.br/jardimbotanico/educacao-ambiental/visitas-educativas/estufa-do-cerrado/
A Estufa da Mata Atlântica também tem elementos que caracterizam o bioma.

Estufa Mata Atlântica. Arquivo pessoal.

Vale a pena conhecer com a família ou fazer um roteiro botânico com os alunos.

Arquivo pessoal.

Arquivo pessoal.

Arquivo pessoal.

domingo, 13 de outubro de 2013

A célula vegetal

A célula vegetal é bastante semelhante à célula animal, porém algumas características a diferenciam, como a presença da parede celular, cloroplastos e vacúolo.

Diferentemente da célula animal, a célula vegetal consiste em uma parede celular e um protoplasto. O protoplasma consiste no citoplasma e em um núcleo. A membrana plasmática é o envoltório externo do protoplasto, localizando-se próximo à parede celular. O citossol das células vegetais está sempre em movimento, fenômeno conhecido como corrente citoplasmática.

O núcleo é o centro de controle da célula e contém as informações genéticas desta, é limitado por uma dupla camada de membranas, o envoltório nuclear, e que pode ser considerado como uma porção do retículo endoplasmático. A cromatina consiste em DNA e proteínas e o nucléolo é o local de formação das subunidades do ribossomo.

Falando nos ribossomos, são encontrados tanto livres no citossol como unidos ao retículo endoplasmático e à superfície externa do envoltório nuclear. Nesses locais os aminoácidos sã unidos para formar proteínas.

Os plastídeos são componentes característicos das células vegetais. Cada plastídeo é limitado por um envoltório consistindo em duas membranas. Os plastídeos maduros são classificados em parte com base nos tipos de pigmentos que eles contém. Há três diferentes tipos de plastídeos: cloroplastos que possuem pigmentos clorofilas e carotenóides, cromoplastos que possuem pigmentos carotenóides e leucoplastos que não apresentam pigmentos.

Esquema de uma célula vegetal. Fonte: http://www.cientic.com/imagens/celvegetal1.jpg


Tanto na célula vegetal como na animal, as mitocôndrias são responsáveis pela respiração celular, também são envolvidas por dupla membrana, sendo a interna dobrada para formar um extenso sistema de membranas internas, aumentando assim a superfície disponível para as enzimas e as reações associadas a ela. Uma curiosidade, tanto as mitocôndrias quanto os plastídeos tem ribossomos semelhantes àqueles de bactérias e seu DNA é encontrado nos nucleóides.

As células vegetais possuem três genomas: do núcleo, dos plastídeos e das mitocôndrias.
Os peroxíssomos são limitados por uma única membrana, não possuem DNA nem ribossomos. Alguns tem importante papel na fotorrespiração; outros estão envolvidos na conversão de lipídeos armazenados para a sacarose durante a germinação da semente.

Os vacúolos são organelas limitadas por uma única membrana. Muitos vacúolos são preenchidos com o suco celular, uma solução aquosa contendo vários sais, açúcares, pigmentos como antocianinas e outras substâncias. Os vacúolos tem importante papel na expansão celular e na manutenção da rigidez do tecido. Alguns são importantes compartimentos de estocagem para metabólitos primários, enquanto outros sequestram metabólitos secundários tóxicos, além disso, muitos vacúolos estão envolvidos na quebra de macromoléculas e na reciclagem desses componentes no interior da célula.

O retículo endoplasmático se apresenta em duas formas; rugoso, que é associado aos ribossomos, e liso, no qual os ribossomos estão ausentes. O rugoso está envolvido com a síntese protéica e de membranas e o liso com a síntese de lipídios. 

O aparelho de Golgi consiste em corpos de Golgi, os quais são constituídos por um empilhamento de sacos achatados, em forma de discos, também conhecidos com cisternas. A maioria dos corpos de Golgi nas plantas está envolvida na síntese e secreção dos complexos polissacarídeos não-celulósicos na parede celular, os quais são transportados para a superfície da célula pelas vesículas de secreção da rede trans-Golgi.

O citossol das células eucarióticas vegetais é permeado pelo citoesqueleto, uma complexa rede de filamentos proteínicos, os quais são de dois tipos bastante característicos: microtúbulos e filamentos de actina. Os microtúbulos são estruturas cilíndricas finas, cujo comprimento varia, sendo constituído por subunidades da proteína tubulina. Eles tem um papel importante na divisão e crescimento da parede celular e no movimento de plagelos. Os filamentos de actina são constituídos pela proteína actina. Esses longos filamentos ocorrem isoladamente ou em feixes e têm função na corrente citoplasmática.

A parede celular é a principal característica que distingue a célula vegetal, ela determina a estrutura da célula, a textura dos tecidos vegetais e muitas características importantes, que permitem reconhecer as plantas como organismos. A celulose é o principal componente das paredes celulares e todas as células tem uma parede primária. Além disso, muitas células tem uma parede secundária, a qual e encontrada internamente à parede primária. A região de união das paredes primárias de células adjacentes é uma camada rica em pectina e é chamada de lamela mediana. As microfibrilas de celulose das paredes primárias ocorrem numa matriz entremeada por moléculas não celulósicas, incluindo hemiceluloses, pectinas e glicoproteínas. Devido á presença de pectinas, as paredes primárias são muito hidratadas, tornando-se mais plásticas.

As células que estão em divisão ou em alongamento têm, em geral, somente paredes primárias. As paredes secundárias contém hemicelulose e aparentemente não possuem pectinas e glicoproteínas; a lignina pode também estar presente nas paredes primárias, mas é especialmente característica de células com paredes secundárias. A lignina confere resistência à compressão, além de rigidez à parede.

Os protoplastos de células adjacentes estão unidos por meio de cordões citoplasmáticos chamados plasmodesmos, os quais atravessam a parede celular e fornecem uma via para o transporte de certas substâncias entre as células.

Fonte:

RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Cap. 3.

MAGENTA, M. Morfologia e anatomia dos vegetais. Disponível em: <http://professores.unisanta.br/maramagenta/index.asp> Acesso em 11 out. 2013.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Uma escala para o universo

Olá!

Como primeira postagem gostaria de apresentá-los um aplicativo muito interessante sobre a escala do universo. 


Essa ferramenta foi criada por dois irmãos gêmeos, alunos da sétima série de uma escola da Califórnia, Estados Unidos no ano de 2012. Os dois tiveram a ideia de fazer a lupa virtual depois de terem um aula de ciências, onde assistiram um interessante vídeo sobre comparação de grandezas à partir de células.


O aplicativo está disponível em htwins.net. Também é possível escolher outro idioma, como o português.


Eu fiquei encantada com a animação! É incrível a comparação das proporções de grandeza, o quão pequenos somos em relação ao universo ou mesmo insignificantes às minúsculas e complexas formas de vida. Vale a pena conferir, divirtam-se!!



Boas vindas!

Olá!

Me chamo Aline. Sou bióloga e atualmente estou me preparando para atuar na área de educação.

O projeto desse Blog surgiu como proposta da disciplina Temas para o Ensino de Ciências e Biologia II, do curso de R2 Biologia Centro Universitário Claretiano. A ideia principal é difundir conteúdos científicos das áreas de biologia vegetal e animal.

Espero que gostem dos conteúdos abordados, opinem quando possível, deixem sugestões e vamos nos falando.

Um abraço!

Aline Oliveira Brasil